O ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, destacou ontem que a criação do Espaço Europeu da Educação, assumida como uma prioridade da presidência portuguesa, constituirá um instrumento de cooperação fundamental para que “uma educação e formação de elevada qualidade, inovadoras e inclusivas se tornem realidade em todos os Estados e regiões da União Europeia”.No debate na comissão de Cultura e Educação do Parlamento Europeu, no qual participou por videoconferência, Tiago Brandão Rodrigues acrescentou que a iniciativa irá apoiar “o crescimento económico e as oportunidades de emprego de elevada qualidade, bem como o desenvolvimento pessoal, social e cultural”.“Permitirá aos cidadãos prosseguir os seus estudos, procurar emprego, investigar e viver, em diferentes fases da vida, em todo o espaço da União”, referiu.O ministro destacou, neste âmbito, a resolução adotada em fevereiro sobre um quadro estratégico para a cooperação europeia no domínio da educação e da formação, num horizonte que abrange a próxima década.A resolução assenta em cinco áreas estratégicas: melhorar a qualidade, a equidade, a inclusão e o sucesso de todos em matéria de educação e formação; reforçar a aprendizagem ao longo da vida e a mobilidade para todos; reforçar a competência e a motivação dos profissionais do ensino; reforçar o ensino superior europeu; e apoiar a transição ecológica e digital na educação.Tiago Brandão Rodrigues sublinhou que este documento “irá orientar e apoiar a cooperação europeia em matéria da educação e formação até 2030, para além de contribuir para a concretização do Espaço Europeu da Educação até 2025”.“Juntos precisamos de refletir de forma ainda mais aprofundada que conduza a um acordo construtivo, até ao final do ano, sobre qual a estrutura e o mecanismo de governança que melhor poderão servir para coordenar os trabalhos e orientar o desenvolvimento do novo quadro estratégico”, acrescentou.A implementação do Plano de Ação do Pilar Europeu dos Direitos Sociais, debatido durante a Cimeira Social do Porto, contempla, também, “o direito de todas as pessoas a uma educação, a uma formação e a uma aprendizagem ao longo da vida inclusivas e de qualidade”.“Hoje em dia, inclusive no que será o rescaldo da crise pandémica, todos os indivíduos, ao longo de toda a sua vida, têm de estar munidos com as aptidões, as competências, as atitudes e os conhecimentos adequados para prosperar num mundo em rápida mudança e para enfrentar as transformações atuais e futuras na sociedade e na economia, incluindo no mercado de trabalho”, concluiu o ministro português.
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