Rui Rio manifesta preocupação com a degradação da saúde em Portugal, sobretudo os cuidados prestados aos doentes não covid.

O Presidente do PSD denuncia o que se está a passar nas consultas e cirurgias, que acumulam atrasos e listas de espera, o funcionamento dos centros de saúde e até o agravamento dos índices de mortalidade não covid. Entre março e agosto deste ano, houve uma quebra acumulada de 33% no número de cirurgias realizadas. Segundo um estudo apresentado na Ordem dos Médicos, 692 mil portugueses não realizaram as consultas médicas que estavam agendadas pelo sistema público. Por sua vez, o número de consultas em ambiente hospitalar baixou 17%. A atividade hospitalar mantém-se, assim, abaixo de 2019 nestes meses de pandemia.São estes números que levam Rui Rio a temer que os problemas se possam acentuar nos próximos meses, caso o Governo não organize de outra forma o Serviço Nacional de Saúde. “O Serviço Nacional de Saúde está totalmente focado na questão da covid e foi desleixando tudo mais. (…) Não consigo entender como é que o Ministério das Saúde assiste a isto passivamente e como é que o Governo como um todo e o Primeiro-Ministro em particular assistem a um Ministério da Saúde que não reage a estas situações”, afirmou.O Presidente do PSD, que recebeu, esta quarta-feira, a Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica (APIFARMA), numa reunião dedicada ao tema “retoma da atividade assistencial na saúde”, espera a correção destas “falhas gravíssimas” que estão a prejudicar os cuidados de saúde dos utentes. “Quando as coisas são sérias também tenho a obrigação de utilizar a credibilidade que posso ter adquirido de não andar a dizer mal de tudo e mais alguma coisa, para dizer mal quando está mesmo mal”, disse.“Portugal tem de reduzir a sua dívida publica, ou pelo menos, o peso no PIB”Questionado sobre as linhas gerais do Plano de Recuperação e Resiliência, Rui Rio defende que, numa estratégia de médio e longo prazo, “Portugal tem de reduzir a sua dívida publica, ou pelo menos, o peso no PIB”. “No curto prazo, essa redução de dívida é absolutamente impossível. O Governo diz que não vai usar a componente de divida porque temos uma dívida muito alto, ambas as situações poderão ser defensáveis”, referiu, acrescentando que a utilização de “alguma parte da componente de dívida” poderá ser aceitável, uma vez que tem taxas “muito baixas” e um prazo de pagamento a “muitos anos”.O Presidente do PSD reafirma que aquilo que “é vital é o apoio às empresas exportadores e ao investimento, o setor público não deixa de ser muito importante também, mas a dotação que o Governo tem para este setor é muito grande nas verbas de apoio imediato”.O plano de recuperação económica do PSD para o País será apresentado nos próximos dias.

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