De acordo com as informações recebidas pelo PAN – Pessoas-Animais-Natureza, foram abatidos 540 animais numa montaria realizada na Quinta da Torre da Bela, em Aveiras de Cima (concelho de Azambuja).

No entender do PAN, matar por regozijo e desporto é simplesmente desumano e representa um grave retrocesso civilizacional. O PAN tem defendido uma regulamentação apertada para o setor da caça decorrente dos visíveis impactos negativos para a biodiversidade, proteção e bem-estar animal e ainda que as nossas propostas não tenham tido acolhimento parlamentar até à data não deixaremos de pugnar por uma legislação mais apertada e justa.

Por outro lado, ninguém sabe com exatidão qual é o estado de conservação das populações de espécies classificadas como cinegéticas. Os dados existentes resultam da contabilização dos animais mortos e não do número efetivo. Daí que, no entender do PAN, a realização de censos é fundamental. Foi nesse sentido que apresentámos uma proposta para que o Governo procurasse assegurar a realização de um censo e a monitorização das espécies sujeitas a exploração cinegética, a qual foi, contudo, rejeitada com os votos contra do PSD, PS, CDS-PP e PCP.

Sobre esta questão em concreto, na zona da Azambuja, o PAN já questionou o Governo, através do Ministério do Ambiente e Ação Climática, liderado por João Pedro Matos Fernandes, com vista a apurar o que levou à autorização desta montaria, numa zona de grande sensibilidade ecológica, envolta em polémica, para onde está, inclusivamente, prevista a instalação de uma central fotovoltaica com 775 hectares e cujo Estudo de Impacte Ambiental (EIA) encontra-se ainda em fase de consulta pública até 20 de janeiro de 2021. Para além disso, o PAN requereu também hoje uma audição ao Ministro do Ambiente com caráter de urgência para esclarecer esta situação.

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